quarta-feira, 28 de maio de 2014

Servir a Deus com temor ou por medo?

Seria este o desejo de Deus para seus adoradores?
Qual a diferença entre temor e medo?
Que relação há entre o coração bondoso de Deus e o coração enganoso do homem? 
Como conciliar a existência em um mesmo lugar (no caso corpo humano como Templo) de duas naturezas totalmente opostas como a: Divina que é sublime por si mesma e a humana que é caída e destituída de qualquer glória celeste?
Quanto sangue ainda terá que ser derramado para que o homem entenda a história?
Quanta injustiça ainda será praticada pelos lideres religiosos na ânsia de manterem seu status a custa da falsa moralidade e da hipocrisia religiosa que tenta impor medo nas pessoas no intuito de mantê-las aprisionadas em doutrinas de homens?
O Pregador já dizia que “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” e a história proclama que “o medo é o princípio da religião”, em face destas premissas podemos perceber algumas realidades imprescindíveis para a compreensão do estado religioso da igreja atual.
Sabe-se que o homem é dotado de uma aspiração religiosa, onde sua busca pelo sobrenatural é uma realidade que não pode ser contestada, há uma sede no âmago humano pelas coisas espirituais e na intensão de saciar-se o homem buscou criar meios de alcançar Deus.
Aproveitando-se dessa necessidade que o homem tem de buscar um encontro com um ser supremo, os falsos profetas acharam espaço e terra fértil para semear suas sementes, rejeitando assim a semente do evangelho de Cristo. O temor do Senhor foi substituído pelo medo do Senhor, ensinar o povo a servir por medo e com medo foi a estratégia de satanás para cegar e ludibriar a mente dos incautos
O certo é que os homens nunca ousaram sair da cadeira de Moisés rumo ao trono que Deus preparou para os que fizessem tal renuncia; nunca decidiram de fato abandonar o Egito rumo a Canaã Celeste; nunca abandonaram o medo e o pavor do monte Sião para abraçar de vez a calma e a paz das palavras de Deus; O povo não queria de fato chegar-se ao Deus Invisível, porém Real, antes desejava um deus palpável, porém falso, que os conduzissem a lugar nenhum; preferiram o veneno mortal das serpentes do deserto, do que olhar para o Filho de Deus no alto do madeiro revelando que mesmo de uma arvore cortada e removida de seu lugar Deus pode suscitar o Fruto da Vida que lhes foi proibido no Éden. Não atentar para isto é loucura, não parar para entender isto é suicídio. Jacó sendo já velho viu uma uva que ao ser espremida vertia de si sangue, o qual, embranquecia os dentes e cintilava os olhos de quem a comia. Que belo é meditar e saber que em Cristo o vermelho não mancha, mas limpa.
O Vinho não embebeda, mas alegra no sentido pleno da palavra. O Fruto antes desconhecido e negado agora é oferecido e revelado, a UVA celeste descrita por João o Evangelista, recebida em Betânia e rejeitada em Jerusalém, achada por Saulo que foi transformado em Paulo, foi entregue de forma gratuita no tempo da “plenitude Divina”, mas, foi levada para o mercado da fé e desde então tem sido vendida nos balcões da religião, onde os menos favorecidos são proibidos de receber tal dádiva por não possuírem recursos suficientes e os que arriscam “comprar” “parcelam” ficando escravo da religião na intenção de quitar tal dívida.
Quando Cristo alertou dizendo que o venderiam, deram ouvido de mercador, assim Judas O vendeu aos sacerdotes e desde lá os sacerdotes como detentores “oficiais” de Cristo O tem vendido para uma multidão de famintos que nunca saciam a sua fome e sede, pois na realidade nunca compraram o verdadeiro Cristo, pensaram ter pagado o preço por Ele e imaginaram tê-Lo recebido, todavia quem o vendia não o possuía de fato, afinal Ele ascendeu aos céus não permitindo nem mesmo a sua fiel adoradora Maria Madalena que O detivesse...

Naquele ...De cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles... Ap 20:11b

Eudênis Silva

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