quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Meditação em Lucas 15

Ao ler e meditar nas Sagradas Escrituras, nos deparamos com uma fonte inesgotável de ensino para uma vida de verdadeira comunhão com Deus.
É como encontrar uma grande mina cheia de tesouros e pedras preciosas. É como o mel que faz cintilar os olhos, é como o sangue que faz pulsar o coração levando vida à todas as partes do corpo...
Nesta sublime ocasião me deparo com o capítulo 15 do Evangelho escrito por Lucas, o Médico amado. o evangelista se ocupa neste capítulo a falar exclusivamente sobre "coisas" perdidas que foram recuperadas mas, não sem uma empolgante comemoração como ato de verdadeiro júbilo que começa na terra e tem o seu ápice no céu...
Este capítulo é o registro de uma mensagem pregada por Jesus para os fariseus e escribas em resposta a murmuração deles, pelo simples fato de estar Jesus com publicanos e pecadores em uma ceia.
Podemos identificar três verdades:
1ª - Deus está a procura do perdido;
2ª - Deus perdoa o que estava perdido; e
3ª - Deus celebra com os anjos a volta daquele que estava perdido e foi achado.

Os Opositores
Os fariseus eram uma seita do judaísmo bastante influente na época de Jesus. Eles insistiam no cumprimento rigoroso e frio da Lei e tradições, eles sabiam observar minunciosamente os mandamentos, porém não tinham verdadeiro entendimento do espírito e dos princípios que regiam a Lei. 
Os escribas era outro grupo de religiosos com muita influência dentro o judaísmo praticado na época de Jesus. Eles eram os copistas e mestres das Escrituras, também chamados de doutores junto com os fariseus. os escribas sabiam interpretar as Escrituras sendo muito detalhistas e minuciosos quando o assunto era a Toráh.     
Estes dois grupos representavam a preocupação e o zelo com a interpretação correta da vontade de Deus (Escribas) e a aplicação da Palavra, bem como das práticas formais e rituais capazes de "manter o homem dentro" dos padrões exigidos pela Lei (Fariseus).
O pastor, a mulher e o pai
Como pastores eles não tinham aprendido que ovelha é distraída, indefesa, sendo  o propósito do Bom Pastor conduzir todas as ovelhas ( e não apenas Israel) para o aprisco são e salvas. Eles estavam fechando a porta aos gentios com suas tradições e leis  exclusivistas e ao mesmo tempo expulsando os Judeus com seu legalismo impraticável.
Como mulher eles haviam perdido a pureza da comunhão com o marido. o Judaísmo deles deixou o Senhor e foi em busca de outro marido, a casa estava escura e suja, mas a dracma ainda estava lá dentro...
Como pai eles não mais esperavam o retorno do filho que se foi e ensinavam ao filho que ficou que a porta jamais deveria ser aberta para o filho perdido, muito menos se deveria comemorar a volta daquele que em breve cairia em si e haveria de voltar pra casa do Pai...

NaquEle de cuja presença fugiram os céus e a terra...

Eudênis Silva