terça-feira, 20 de maio de 2014

ÉTICA PRA QUEM NÃO TEM AMOR

Se fossemos capazes de amar com aquela qualidade de amor vivida e difundida pelo Cristo e por outros grandes líderes religiosos, a ética seria em certo sentido, desnecessária.
O amor é um sentimento, um impulso que não depende da vontade ou decisão, uma disposição enigmática que brota da alma e que nos predispõe a fazer o bem, as vezes até com sacrifício próprio  e simplesmente não se pode explicar as “razões”.
Na ausência dessa força misteriosa – não se sabe ao certo sua natureza –  que nos leva a desejar o bem  do outro da forma mais altruísta possível,  só  resta ao mundo uma saída: A Ética!
Esse saber prático que  estabelece regras, normas de conduta  e procedimento social é a única saída para o momento no qual vivemos.
Sem essa atmosfera de acolhimento, sem essa disposição de respeito,  a coexistência se tornará insuportável e em pouco tempo impraticável, numa guerra de todos contra todos.
A ética portanto, surge como uma  necessidade racional, um esforço da inteligencia humana, para estabelecer princípios de convivência que independam de eu amar ou não amar meu semelhante.
Sendo mais claro: se quero bem às pessoas que estão comigo em um ambiente, evito fumar para não causar mal estar. Não há necessidade de regra alguma, de nenhuma lei que me obrigue a fazer isso e faço na mais perfeita liberalidade e gratuidade.
Mas se não tenho qualquer sentimento de afeto, necessito de disposições éticas para que respeite o bem estar do outro, independente de conhecer,  amar ou não.
Com certeza, a regra áurea, o mais excelente preceito ético, é justamente aquele proposto na Escritura: “Faça com o outro, o que você gostaria que fizessem a você, e não faça com as pessoas o que você não gostaria que fizessem com você”.
Gosta de compreensão? Compreenda. Desejaria perdão ao cometer erros? Perdoe.  Generosidade em suas necessidades? Seja generoso. Quer atenção, consideração? Seja atento aos outros, considere os que estão ao seu redor.
É a chamada regra fundamental, presente em praticamente todos os sistemas religiosos.
Na Fé Judaica:
“O que é odioso para ti, não o faças ao próximo. Esta é toda lei, o resto é comentário”  Shabbat 31ª Talmude.
No Confucionismo:
“Não façais aos outros aquilo que não quereis que vos façam”
Na Fé Islâmica:
“Nenhum de nós é um crente até que deseje a seu irmão aquilo que deseja para si mesmo” Sunnah.
No Budismo:
“Não atormentes o próximo com o que te aflige” Udana Varga 5:18
No Hinduismo:
“Esta é a suma do dever: não faças aos outros aquilo que se a ti for feito, te causará dor” – Mahabharata  (5:15:17)
“Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei também vós a eles, porque esta é a lei e os profetas”  (Mateus capítulo 7, verso 12).


Simples assim...

Darckson Lira.

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